Transformação digital & educação

Antes de tudo, recebi com muito orgulho o convite e a oportunidade de escrever para o site da Global Partners. Fabiana e seu time realizam um trabalho incrível e esse novo site é mais uma demonstração de buscar fazer diferente e ​adaptar-se às novas necessidades. Acredito que essa colaboração possibilita a troca de informações e visões que sempre agregam e constroem. 

The best way to predict your future is to create it.” (Peter Drucker) Essa frase é como u​m statement da Global Partners, e que acredito encaixar perfeitamente no tema de tecnologia e a transformação digital. Por isso quero direcionar este texto a três assuntos relacionados à transformação digital: novidades, negócios e ensino. 

As empresas mais do que nunca estão usando ferramentas digitais e automação. Agora, à medida que os líderes se reinventam e redefinem seus negócios para o futuro, precisam também se concentrar no propósito e na cultura conjuntamente, enquanto buscam aproveitar ao máximo a tecnologia. 

O desafio atual das empresas é descobrir como aproveitar o ímpeto de seus esforços digitais, tendo um plano coerente que crie vantagens sustentáveis para os negócios sem perder o ritmo. 

 A liderança tem papel crítico em desenhar esse propósito, dirigindo para a constante reinvenção e criando a cultura voltada para a transformação digital. 

É necessário manter a mente aberta e aprender muito, além de cultivar um espírito empreendedor correndo os riscos que são inerentes aos que aguçam a mudança do status quo e assim constroem seu futuro. 

Vivemos uma situação de home office contínuo, ainda sem data para acabar, e se acabar terá novas tendências e aprendizados.  Entre elas, a correta direção, disciplina e colaboração, com estratégia e execução, humanizando e entendendo as necessidades dessa vida pessoal e profissional. Esses são fatores críticos para manter o engajamento e pertencimento, muito mais que outros, provavelmente. 

Administrar essa mudança é fundamental, devido à saúde das pessoas, que deve estar em primeiro lugar.

Os novos caminhos que estão sendo traçados, tanto dos líderes nas questões do soft skills quanto das formas de aprendizado vieram para ficar. A colaboração e estratégia maximizando a tecnologia na transformação digital dos negócios nos surpreende dia após dia. 

Um dos setores que inova frequentemente na área tecnológica é o de saúde. Vejam estas cinco novidades tecnológicas da área:

  • Ultrassom fetal para uso doméstico.
    • PulseNmore lançou um aplicativo exclusivo que orienta a mãe grávida durante o processo de digitalização, que deve ser ativado por um médico todas as vezes.
  • Aplicativo de jogo para focar no compliance dos tratamentos de doenças crônicas.
    • Por meio de seu aplicativo, a startup mySugr reimaginou o diabetes como um monstro parecido com um tamagotchi que pode ser domesticado. Ao completar desafios, ganhar pontos e receber percepções personalizadas, o aplicativo incentiva os pacientes a manter a glicose em um nível desejável.
    • A gigante farmacêutica Roche viu o potencial dessa abordagem e adquiriu o mySugr em 2017. As seguradoras também favorecem essa abordagem, como as alemãs, que oferecem o pacote mySugr desde 2018.
  • Jogos que fornecem dados para pesquisa de tratamentos de doenças.
    • O envolvimento exclusivo que os videogames oferecem também está sendo aproveitado para ajudar os pesquisadores no desenvolvimento de vacinas. Essa é a ideia por trás do Foldit, um jogo de computador on-line no qual os jogadores, sem nenhum conhecimento prévio de Bioquímica, competem para resolver quebra-cabeças dobrando estruturas de proteínas para que se encaixem melhor em um alvo. Pense no Tetris, mas no modo multijogador e com uma pontaria louvável.
  • Videogame como prescrição médica (aprovado pelo FDA)
    • Super interessante e uma mudança de paradigma que os videogames agora sejam remédios, prescritos por médicos como alternativa terapêutica. Em junho de 2020, o FDA tornou essa combinação de palavras verdadeira ao aprovar o primeiro videogame a ser comercializado legalmente e prescrito como medicamento nos EUA.
    • Desenvolvido pela Akili Interactive, EndeavorRX pode ser prescrito por médicos para crianças com TDAH. Os desenvolvedores o projetaram para desafiar o cérebro de uma criança, encorajando-a a se concentrar simultaneamente em várias tarefas enquanto brinca.
    • Antes de sua aprovação, o EndeavorRX passou por sete anos de testes clínicos, que incluíram mais de 600 crianças participantes. Publicado no The Lancet Digital Health, um estudo recente descobriu o potencial do jogo para “melhorar a desatenção medida objetivamente em pacientes pediátricos com TDAH, ao mesmo tempo que apresenta eventos adversos mínimos”.
  • Jogos para melhorar tratamentos e desfechos de doenças.
    • Uma revisão sistemática publicada no American Journal of Preventive Medicine descobriu que as intervenções de videogame melhoraram 69% dos resultados da terapia psicológica, 59% dos resultados da fisioterapia e 46% dos resultados das habilidades do clínico.
    • Para os pacientes, a Re-Mission 2 desenvolve jogos com o objetivo de melhorar a adesão ao tratamento do câncer e a autoeficácia nele.

Retomando o título do texto e um dos três assuntos que é o ensino, quero enfatizar a importante relação da mudança que a transformação digital nos propõe com a questão do aprendizado e educação, como base de suporte indispensável ao cliente.

Sou um defensor e estimulador de que o modo de ensino deve mudar. Na verdade, o modelo “escola” e o seguimento de uma cartilha imposta devem ser revistos. O modelo pede e necessita muito mais interação, muito de “hands on”. Isso vale para as empresas em suas relações com clientes internos e externos. Oferecer suporte e educação aos novos produtos e serviços que a tecnologia propõe exige cuidado e pensamento colaborativo de sucesso. Ou seja, minha venda acaba (se acabar) quando meu cliente está totalmente confortável em maximizar o novo produto, tecnologia ou serviço. As novidades e os negócios vinculados na área da saúde demandam muito por cursos, treinamentos e eventos frequentes, pois os modelos e formas de aprendizados são e requerem formas diferentes. A tecnologia e a proposta de transformação digital, somadas à constante chegada de novidades, com foco especificamente nos negócios, nos trazem muitas possibilidades de transmitir informações e aprendizados para que a real transformação aconteça. Para maximizar o que a tecnologia oferece e como realmente fazê-la trabalhar em prol dos negócios, precisamos ter como adquirir o aprendizado sobre tudo isso.

Vejam que à medida que a tecnologia avança, surgem novas formas de empresas, clientes, prestadores de serviços se conectarem.  As necessidades mudam e a educação requer adaptações e diferentes maneiras de se ter o aprendizado maximizado.

Bem-vindos à transformação digital, que impacta os negócios exponencialmente através das novidades e requer mudança real nos modelos de ensino.

Leandro Miguel Viaceli

Economista (UPF), com especialização em Práticas Políticas (FARGS) e MBA em Business Management (FGV). Diversos cursos nas áreas de marketing, vendas, coaching e estratégia! Co autor do Livro Reflexos da Pandemia- Liderança em Tempos de Crise, da editora Global Partners!
 Mais de 20 anos de experiência no mercado de saúde, em multinacionais americanas e europeias, atuando em diversas áreas como marketing, efetividade, processos, vendas, relações governamentais e acesso público & privado. 
Responsável pelo start up na área odontológica e ortodôntica, com foco na transformação digital do mercado por mais de 3 anos.
Consultor de negócios na área de saúde, com participação em empresas de serviços, produtos e devices através de sua empresa, Nucleus Performance Ltda.

Editora Global Partners

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