Durante anos a TI foi considerada uma área de suporte e que “gastava muito”, (tínhamos a reserva de mercado), a área financeira sempre foi guardiã e centralizadora de informações muito importantes para a empresa (Budget, investimentos, custo, lucro, projeções), e para obter todos esses números, seu principal fornecedor sempre foi TI.
Mas, numa aceleração que alguns de nós presenciamos, TI passou a ser fornecedor para todas as áreas do negócio: Marketing passou a não conseguir viver sem um CRM, Comercial necessitava de comunicação, dados, interação, tirar o pedido de onde estivesse, Logística e Supply de saber onde estaria o navio, logística, rastrear o caminhão para informar ao cliente quando o produto estaria entregue, recursos humanos, tudo o que se faz ou fazia em excel, também queria automatização, veio o advento do EAD, enfim, ninguém queria deixar de acompanhar a modernidade e o que a TI vinha apresentando e oferecendo, e na verdade, a visão agora é que TI se tornou um grande parceiro.
A TI como diferencial ao inesperado
Chegou março/2020, todos os usuários com notebook, padrões de segurança cadastrados, todos com acesso à VPN OK, ah se todos os nossos sistemas estivessem em nuvem, workflows de aprovação do Pedido de compras com acesso via smartphone, e o ramal, como vamos fazer? Enfim, foram muitos outros detalhes, que não teve jeito, dêmos um jeito!
Esse é o ambiente que me fascina, o de ter a oportunidade de convencer o executivo de que a TI pode ser diferencial, pois não há inovação nos dias atuais sem que haja em algum aspecto ou momento, a participação de TI, que embora nosso PIB esteja projetado para no máximo 4% em 2021, TI crescerá mais de 10%.
Mas, o email funcionou, a rede funcionou, a VPN (em alguns casos apesar de alguns ajustes ou licenças, também), e de repente, o primeiro fechamento ocorreu sem problemas, as operações acontecendo na fábrica, o backoffice em home office dando conta do recado, vendas continuaram (alguns casos aumentaram), e? como sempre, quem teve visão, se antecipou a várias situações, entenderam que aquele investimento em TI foi um grande alento (remédio) ao que nos assolou.
Não iremos chegar, já estamos no Futuro
Obviamente que o amanhã não nos pertence mas, temos trabalhado para que o próximo ano seja melhor, digo que já estamos no futuro, no sentido de termos visão inovadora, preocupação em se antecipar ao momento inadequado (problema) e, tendo um bom monitoramento, não apenas do corrente (BI-Business Intelligence), mas, do que pode acontecer (Analytics, Big Data), tendo mentes inovadoras, principalmente com mecanismos atuais e modernos (AI – Inteligência Artificial e IoT – Internet das coisas), tenho certeza, que nosso amanhã, de nossas vidas e negócios, se fundirão, não somente para um PIB melhor, nossa realização e sucesso, mas, para podermos deixar um legado sempre superior, atrativo e correto, para as futuras gerações, nossos filhos.
MARCOS BUENO DE OLIVEIRA – Prêmios: Executivo de TI do Ano – As 100 Mais Inovadoras . Experiência em Transformação digital, com vivência em grandes empresas multinacionais e nacionais: HP-EDS, Johnson Controls, Cameron, Thyssenkrupp, Arteb, SKY, Mineração Taboca e Nufarm.