Não há sucesso onde não há felicidade
Sempre me arrepio ao revisitar a minha história, pois sou filho de um ex-apanhador de algodão que trabalhou no Frigorífico Minerva, em Barretos, interior de São Paulo. Com 16 anos, meu pai, Ademar, mudou-se para a capital do estado, onde conheceu minha mãe, Marta. Ele tinha 26 anos; ela, 16. Rapidamente, ela se engravidou e teve o meu irmão mais velho e, logo em seguida, se engravidou de mim. Nasci em 1986, filho desta família humilde que encontrou seu lugar na periferia paulistana, na região de Santo Amaro. Ali cresci, estudando em escola pública, jogando futebol na rua, usando chinelo como traves dos gols.
Desde minha adolescência, convivi muito com meu pai, no trabalho. Ele abriu um escritório de contabilidade, no qual fui ser office-boy. Eu tinha 14 anos e era para lá que ia depois da escola, transitando sempre pelas repartições públicas da cidade, da Região Metropolitana e também do interior e do litoral. Essa foi minha atuação até meus 18 anos, quando entrei na faculdade, que pagamos apenas a matrícula no primeiro ano, e fiquei devendo 11 mensalidades, mas sempre com o propósito de nunca desistir, pois a minha formação era fundamental para a minha intenção de crescimento profissional. Comecei a graduação em Ciências Contábeis nas Faculdades Oswaldo Cruz, em 2005, na cidade de São Paulo, e terminei na Universidade de Franca, em 2010.
Durante o segundo ano curso, fiz minha inscrição no Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), pois necessitava de uma renda garantida para conseguir cumprir o pagamento da mensalidade da faculdade. Logo surgiu uma primeira oportunidade de seleção no laboratório Roche, que ficava perto da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP). Fui de social, usando um sapato dois números menor, que era do meu pai; andei dois quilômetros sob um sol das 16h, da Marginal Pinheiros até à sede da empresa. Cheguei todo suado e encontrei concorrentes muito bem alinhados e perfumados. Não seria daquela vez, mas serviu como experiência.
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